A importância dos nomes dos espíritos, entidades, anjos e demônios na invocação ou evocação
Embora hoje sejam menos conhecidos, os grimórios e os manuais de invocação foram bastante populares nos séculos XVII e XVIII. Além de instruções detalhadas sobre como se preparar para a operação mágica, eles traziam informações sobre espíritos, entidades, anjos e demônios que poderiam ser convocados diante do operador.
No caso do mais famoso de todos, a Clavícula de Salomão, a seção dedicada à Goetia traz o nome, o título de nobreza e o número de legiões sob o comando de cada um dos 72 demônios. Não se trata de uma exclusividade. Quando discutia as inteligências planetárias, Agrippa também dedica páginas com esse tipo de informação: nomes, hora e dia de semana preferencial para realizar a operação, número de subalternos, etc.
O grande problema, tirando os casos em que um livro copiava descaradamente as instruções do outro, é quão comum era que os nomes simplesmente não fossem os mesmos! Se os sete arcanjos em um livro são Gabriel, Uriel, Remiel, Michael, Raphael, Raguel e Sariel [correspondendo à ordem caldeica dos planeta], outro substitui Remiel por Phanuel no governo de Vênus e Sariel por Zadkiel na esfera de Saturno. Um terceiro livro mantém Remiel, mas troca Raguel por Camael. Um quarto livro mantém a ordem original, exceto que Jophiel é incluído na lista e Remiel, dispensado. E assim em diante. E agora, que nomes você usa para chamá-los?